A medida que leio a Bíblia e reflito sobre seu texto, minha mente associa experiências que a vida me trouxe.

Numa manhã desses festejos carnavalescos recordei-me de um episódio de 1960, quando vivia na Paraíba e tive o privilégio de estudar no grande e recém-construído Colégio Estadual. Eu era um dos poucos estudantes pobres ali e observava como colegas de famílias de destaque na sociedade desfrutavam de regalias. Recordo-me de uma família abastada cujo filho de 13 a 14 anos, meu colega, na semana pré-carnavalesca ensopou seu travesseiro de lança-perfume e, às escondidas, aspirou o máximo que pôde. No dia seguinte, como não apareceu, foram procurá-lo – estava morto.

Esse jovem não voltou, confirmando o que mais tarde passei a ouvir de usuários a quem atendia, viciados e dependentes dessas drogas, entre elas o lança-perfume: “Drogas são um caminho sem volta”. Nunca esqueci o desespero dos familiares do meu colega, como que oferecendo toda a sua riqueza para trazer o jovem de volta à vida

Tanto mais percebo o privilégio que sempre tive de ter nascido, me criado e vivido no evangelho de Jesus Cristo, a única via que faz diferença na vida de quem quer que seja, da infância à velhice, e sempre nos aponta o “caminho de volta”, conforme Jesus descreveu na história do filho pródigo que lemos hoje: o pai reunindo quem pôde e festejando sua maior alegria: o filho voltara, estava perdido e foi achado, estava morto e reviveu!

Novamente em contraste com isso, faz pouco tempo recebi para consolo emocional uma mãe aflita de um adolescente querido, que foi e não voltou pois fora morto por vandalismo entorpecidos também após um carnaval.

Enquanto você lê, veja o quanto você está afastado de Deus e volte hoje mesmo: amanhã pode ser muito tarde!