SE HOJE FOSSE O MEU ÚLTIMO DIA DE VIDA, O QUE FARIA COM ELE?

25.5.13



Sim eu sumi do facebook por uns dias, fiquei meio fora do ar. Falta de criatividade? Cansaço? não, antes fosse. Passei os últimos dias internada em um hospital. Confesso que tudo aquilo assusta um pouco, ainda mais se você é o tipo de pessoa que não toma injeção por nada nesse mundo e prefere ficar em casa até melhorar confiando (ou sonhando) possuir super anticorpos com algum tipo de super habilidade capaz de acabar com qualquer doença que apareça. Mas não. 

Sua vida nunca está totalmente no controle de suas mãos, como insistimos em achar que é. Não se espera ficar doente, simplesmente acontece sem avisos, não importa a sua idade nem sua estrutura física ela simplesmente chega e tudo foge do seu controle.

Passar esses dias naquele lugar, observar todas aquelas pessoas lá e perceber mais do que nunca como a vida é algo tão frágil e que pode passar sem você perceber, me faz questionar: 

Se hoje fosse o meu último dia de vida, o que faria com ele?

Não é que eu esteja obcecada por histórias de crianças com câncer (imagina...) mas sou obrigada a dividir outra dessas histórias com vocês, não pra que fiquem tristes, mas pra talvez olharem a sua própria vida de outro ângulo. A história retirei do Hypeness, por isso vou trascrevê-la exatamente como está lá, ok?



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Tem um ditado que diz que a vida é boa pra quem gosta dela. E Zach Sobiech foi uma dessas pessoas, mesmo tendo todos os motivos para se revoltar com ela.

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Com 14 anos, ele foi diagnosticado com Osteossarcoma, um raro tumor maligno que ataca os ossos e que costuma aparecer em crianças. Durante seu tratamento, ele fez 10 cirurgias e 20 sessões de quimioterapia.

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Em março de 2012, os médicos disseram que não havia mais o que fazer e que ele só teria mais um ano de vida. Ele então se viu tendo que responder uma complexa pergunta que precisava de uma resposta rápida: como usar seu último ano de vida? Diante dessa situação, há duas opções: desistir e passar o resto dos dias sofrendo e se perguntando porque isso tinha que acontecer com você; ou seguir em frente e viver os seus últimos dias da melhor forma. Zach ficou com a segunda opção.

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Ele resolveu investir pesado na sua maior paixão – a música. E correu, porque o tempo era curto. Se juntou com a amiga de infância, Samantha Brown, e gravou o seu primeiro álbum, Fix Me Up, lançado no começo de 2013.

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O garoto gravou um vídeo com a música “Clouds” que rapidamente se tornou viral no Youtube, ultrapassando 4 milhões de visualizações:





Eis um trecho da música livremente traduzido:
We could go up, up, up (nós poderíamos ir pro alto, alto, alto)
And take that little ride (e dar aquele passeio)
And sit there holding hands (e sentar aqui dando as mãos)
And everything would be just right (e tudo ficaria bem
And maybe someday i’ll see you again (e talvez algum dia eu te verei de novo)
We’ll float up in the clouds and we’ll never see the end (vamos flutuar nas nuvens e nunca veremos o fim)
And we’ll go up, up, up (e iremos pro alto, alto, alto)
But i’ll fly a little higher (mas eu vou voar um pouco mais alto
We’ll go up in the clouds because the view is a little nicer (vamos por cima das nuvens, porque a vista de lá é melhor)
Up here my dear (porque aqui, meu amor)
It won’t be long now, it won’t be long now (não vai durar muito, não vai mais durar muito)
Vários artistas e celebridades se inspiraram com a história do mais novo e talentoso cantor dos EUA, e gravaram versões cover da sua música de despedida:





20 de maio de 2013 foi o último dia de Zach na Terra. Antes disso, o pessoal do canalSoulPancake gravou um documentário chamado “My Last Days” no qual os últimos momentos de vida de Zach foram retratados. Ao invés de encontrar um adolescente amargurado, as cenas que vemos nos mostram uma pessoa feliz, alegre, um tanto quanto emotiva diante da situação, mas sempre com um brilho nos olhos e uma vontade de aproveitar da melhor forma a dádiva da vida.



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“Meu nome é Zach Sobiech. Tenho 17 anos. Me disseram que eu tenho poucos meses de vida. Mas eu ainda tenho muito trabalho a fazer. Eu quero que todo mundo saiba: você não precisa descobrir como vai morrer. Apenas comece a viver.”
Talvez você esteja se perguntando porque essa história veio parar aqui no Hypeness, um site que fala de inovação e criatividade – porque, pra gente, o conceito de inovação também se estende para a vida, e Zach exemplifica isso muito bem. Numa situação na qual ele teria todo o direito de se colocar como vítima, ele resolveu fazer diferente e inovou na forma de enfrentar uma doença tão cruel. Acelerou o quanto pode pra deixar a sua marca, pra perseguir o seu sonho, pra passar o seu recado pro mundo. Encarou a doença de uma forma nova, e definitivamente conseguiu inspirar muitas pessoas. O mundo precisa de mais pessoas como Zach.
(Duas horas depois que Zach se foi, o single Clouds ficou em primeiro lugar no iTunes americano.)

fim

 E você, está esperando o que pra perseguir o seu sonho?
(uma organização foi criada pela família de Zach para arrecadar fundos para crianças com câncer. Você pode doar aqui.)

Fonte do texto: Hypeness

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