FORREST GUMP: Superando os traumas da violência

7.12.13


O filme Forrest Gump contém uma cena animadora, em que Jenny, de cinco anos, amiga de Forrest, ora depois que os dois correm fugindo do pai dela que está bêbado: “Querido Deus, transforme-me em um passarinho, assim posso voar para longe, muito longe daqui”.

O pai abusou sexualmente dela, e, apesar de ele ser preso no dia seguinte e Jenny viver sua vida, a sua luta para superar o que ele fizera apenas começara. Na realidade, ela gasta o resto de sua vida tentando se recuperar deste dano.
Anos mais tarde Jenny retorna à pequena cidade em que cresceu para visitar Forrest. Os dois, agora adultos, na casa dos trinta anos, estão caminhando perto da pequena cabana em que ela vivera antes. Quando ela fixa seus olhos na cabana, dolorosas lembranças do abuso, as quais estavam submersas, varrem sua mente.  



Ela rompe em lágrimas e extravasa sua mágoa e raiva juntando as pedras a sua volta e atirando-as o mais forte possível contra a cabana. Quando não havia mais pedras, ela tirou os sapatos e também os atirou. Por fim, ela cai aos prantos no chão.
Quando Forrest reflete sobre a cena, ele apenas afirma: “Às vezes, acho que simplesmente não há pedras suficientes”.

Quando pensa sobre a mágoa e a dor em sua vida, você acha que se afina com o que Forrest disse? Talvez você tenha sofrido abuso verbal, psicológico ou sexual, sentiu a dor dilacerante de um divórcio, cresceu em uma família caótica com um dos pais alcoólicos ou perdeu um ente querido em um acidente sem sentido. Talvez você tenha feridas profundas de um relacionamento ou sinta a dolorosa solidão do abandono. Você nasceu com alguma deficiência física ou foi ridicularizado quando criança pelos irmãos ou outras crianças? Você foi tratado de maneira desleal no trabalho ou foi traído pelas pessoas de sua igreja?

A dor e raiva profundamente enraizadas, como no caso de Jenny, ainda pode aflorar em seu coração. Às vezes, você ainda pode sacudir os punhos cerrados em direção ao céu e, internamente, com voz feroz clamar: Deus, não é justo! Isso não está certo. O que fiz para merecer isso? Concordamos com Forrest Gump: “Às vezes, acho que simplesmente não há pedras suficientes”.


VENHA À CRUZ

Ao longo dos anos, quando pessoas feridas e alquebradas partilharam suas histórias doídas e dolorosas comigo, a voz interior do Espírito Santo inspirou-me a fazer um convite especial para eles: “Venha comigo. Venha comigo ao Calvário. Venha ficar ao pé da cruz de Jesus. Observe atentamente a figura retorcida e torturada que ali está pendurada. Observe o Filho de Deus alquebrado e ensanguentado. Pense sobre suas mágoas e feridas considerando as dEle”.
[...] A cruz não ilumina apenas nossas feridas, ela também as cura e as transforma conforme expressado em At the Cross “Na Cruz”, bonito louvor composto por Randy e Terry Butler:

Conheço um lugar maravilhoso
Onde acusados e condenados
Encontram misericórdia e graça
Onde nossos erros
E os erros cometidos contra nós
São pregados com Ele
Lá na cruz

Na cruz (na cruz)
Ele morreu por nosso pecado
Na cruz (na cruz)
Ele nos deu nova vida de novo

Que maravilhosa verdade! A cruz é “um lugar maravilhoso” em que há “misericórdia e graça” para os que foram “acusados e condenados” e profundamente feridos. Que cura graciosa e poderosa há nas mãos dEle, marcadas pelos pregos! Na cruz, Ele ministra a cura para nossas feridas".


Texto extraído da obra “Feridas que Curam: Levando Nossos Sofrimentos à Cruz”, editada pela CPAD.


1 comentários

  1. Para mim, todo o filme está cheio de pérolas! E a forma simples e despretensiosa como ele vive a vida, certo por causa da condição dele, e entende a vida dá sempre um tapa na minha cara cada vez que vejo. Frases como estas, tão simples mas tão cheias de sentido, são a parte mais linda do filme!

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