5 PRÁTICAS QUE PRECISAMOS TER DE VOLTA EM NOSSAS VIDAS
6.12.16
Como reincorporar práticas em sua vida que irão te dar uma nova perspectiva — não importa quão ocupado você está.
É difícil acreditar no quão rápido a vida muda. Em um dia, estamos vivendo de um jeito, então, algo acontece — entramos numa faculdade, ou nos casamos, ou começamos a trabalhar ou temos filhos — e, de repente, tudo parece diferente.
A tecnologia, por exemplo. Não faz muito tempo que usávamos telefones de abrir e fechar. E quer saber? Eu estava completamente feliz com isso. De fato, eu amava como aquele telefone fininho cabia no meu bolso da frente. Hoje, eu não consigo imaginar a vida sem um smartphone gigante. Acesso imediato à internet e ao e-mail não é uma questão de conveniência — parece que virou uma necessidade.
Ou considere a transição do colégio para o ambiente de trabalho. Eu costumava aproveitar sonecas de 15 minutos todas as tardes entre as aulas, prazerosas voltas de bicicleta no campus e encontrar com amigos pra falar de política. Mas hoje em dia, eu não tenho tempo pra sonecas, muito menos sair do escritório antes do anoitecer.
Talvez você se identifique, seja com a tecnologia, crianças, casamento, ou simplesmente, estar envelhecendo. A vida está em um estado de fluxo constante. Enquanto a mudança é algo bom, as consequências não intencionais da mudança nem sempre são benéficas. Se não tomarmos um minuto para avaliar o que perdemos no processo de ganhar algo, podemos terminar sem aquilo que deveríamos manter.
Nesse pensamento, aqui estão 5 coisas que talvez você tenha perdido, e precisa trazer de volta a sua vida:
1. Silêncio
Vivemos em um mundo barulhento — e só fica mais barulhento a cada dia. As telas competem por nossa atenção. Mídias Sociais estão o tempo todo em nossas mentes. As responsabilidades se empilham conforme ficamos mais velhos. Nunca existe um momento, ao que parece, para pausarmos em meio à loucura, retomar o fôlego nessa corrida de ratos, escapar dessa correria da vida.
Não foi sempre assim, é claro. Havia uma época em nossas vidas em que o silêncio era mais familiar que o barulho. E talvez isso não fosse algo ruim.
Com o silêncio vem à reflexão, contemplação, oração e relaxamento. O silêncio nos torna humildes, pois, sozinhos e sem distrações, não nos apoiamos no falso argumento de estarmos ocupados. Somos forçados a encarar quem somos — e a vida que temos vivido.
Se você esqueceu o som do silêncio, tente redescobri-lo. Você talvez se surpreenda com o que vai ouvir.
2. Conversas com Propósito
Você já percebeu que quanto mais velho fica, mais difícil é de ter conversas com propósito? Eu acho que isso acontece com todos nós — ao crescermos, colocamos máscaras. Aprendemos a esconder o que é ruim, e projetar o que é bom. Isso cria relacionamentos superficiais e conversas rasas.
Mas aí é que tá: Não fomos criados pra viver isolados, mas pra compartilhar a vida juntos. De fato, a natureza de Deus é relacional — e porque fomos criados à Sua imagem, nós também precisamos de relacionamentos.
Isso significa tirar as máscaras e abrir as nossas vidas a outras pessoas. Dizer a um amigo o que realmente está acontecendo abaixo da superfície. Fazer as perguntas difíceis, e dar as respostas duras.
Se você se encontrar em falta de amizades de verdade, faça um voto de identificar aqueles que você confia, e comece a abrir suas vidas a eles. Sua abertura vai os encorajar a compartilhar a vida deles com você.
3. Serviço altruísta (ou desinteressado)
Se há um avanço que define a nossa geração, são as mídias sociais. Enquanto o aumento da conectividade é algo incrível, também acabou transformando cada um de nós em mini celebridades. No meio de um círculo de crescimento constante, todos os nossos pensamentos (em 140 caracteres) e imagens (refinada com filtros) são compartilhados para todos verem.
Isso nos deixa em um estado perpétuo de tramar e planejar como conseguir mais um like no facebook, mais um coração no instagram, mais um favorito no twitter.
Apesar de todos os seus benefícios, as mídias sociais — e a obsessiva busca de afirmação que produz — podem facilmente nós levar ao egocentrismo, onde nosso patamar social é o que mais importa. Mas não é assim que Deus quer que vivamos. Somos chamados ao altruísmo e humildade, empatia e sacrifício. Em resumo, somos chamados pra pensarmos menos em nós mesmos, e mais nos outros.
A solução pra nossa cultura centrada no eu é simples: serviço — procurar dar sem receber nada em troca. E isso significa não atualizar seu status anunciando suas boas obras pro mundo.
4. Aventuras Intencionais
Quando estávamos crescendo, cada dia era uma aventura. Brincar de pega-pega e nadar à tarde. Piadas práticas e festas tarde da noite. Cafés-da-manhã no sábado e longas caminhadas no parque. Não eram só as atividades divertidas que definiam essa época da vida. Era a atitude — acreditar que cada dia era cheio de maravilhas e potencial. A vida era fantástica.
Agora que somos adultos, no entanto, todos os dias parecem iguais. A vida em si parece rotineira e até mesmo entediante. Mas ela não precisa ser assim — pelo menos eu não acho que precise.
Mesmo que você esteja num cubículo, cuidando de crianças ou atendendo telefonemas, a atitude que definia a sua juventude ainda é acessível. É apenas uma questão de escolher viver com intenção e aproveitar o máximo de cada momento. Escolher a alegria, aventura e fantasia. Há um tempo em todos os dias pra fazer algo divertido, nem que seja por um momento.
5. Encorajamento Mútuo
Quando eu era criança, praticava muitos esportes. Mesmo gostando da competição, o que eu mais amava era estar em um time e trabalhar em direção a um objetivo maior. Nesse contexto, todos os membros da equipe se tornam líderes de torcida. Não há nada exatamente como a energia criada pelo encorajamento mútuo. Ela eleva os pensamentos e ajuda com que todos desempenhem o seu melhor.
Por que, eu me pergunto, esse tipo de encorajamento deixa de existir quando crescemos? Ao invés de líderes de torcida, nos tornamos críticos uns aos outros. Talvez seja porque não mais fazemos parte de um mesmo time — ao menos é assim que escolhemos enxergar as cosias. Em vez disso, se trata de nós contra o mundo.
Isso é apenas uma questão de percepção, no entanto. É fácil chegar à conclusão de que estamos nessa juntos. Nosso sucesso na vida depende do sucesso de outros. É hora de começarmos a motivar aqueles ao nosso redor — família, amigos, até mesmo os colegas de trabalho. Deus nos chama para “considerarmos uns aos outros para incentivar-nos ao amor e às boas obras.” (Hebreus 10:24).
Praticar isso não vai apenas elevar os espíritos dos outros e melhorar seu desempenho, vai fazê-los sentirem-se como se fizessem parte de um mesmo time, trabalhando em prol de um mesmo propósito. E em breve, suas palavras de encorajamento se tornaram as deles.
Texto: Raul Perkins
Tradução: Junior Santos
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